29/10/2020
Dália investe cerca de R$ 3 milhões em ações da Covid-19
Dália investe cerca de R$ 3 milhões em ações da Covid-19
Os trabalhos de controle para evitar o contágio e a disseminação da Covid-19 entre funcionários, associados, fornecedores, clientes e terceiros na Cooperativa Dália Alimentos completa oito meses e iniciou por ocasião da pandemia oficializada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Imediatamente, internamente, foram formados dois Grupos de Gestão de Crise Sanitária.
O primeiro, denominado Grupo Estratégico Covid-19, é formado pelo presidente Executivo, por profissionais da área da saúde (médicos e odontóloga) e pela supervisora do Setor Pessoal. Estes se responsabilizaram pela busca de informações sobre o assunto e, a partir disso, foram estipuladas regras e procedimentos a serem implantados na cooperativa com dois objetivos principais: impedir a entrada do vírus nos ambientes de trabalho, o que não foi possível de ser atingido em 100%; e disponibilizar mecanismos e procedimentos para minimizar o contágio e a disseminação dentro da empresa.
O segundo grupo, chamado de Grupo Operacional Covid-19, é composto por todos os gerentes, supervisores, encarregados e alguns auxiliares e tem a responsabilidade de implementar e monitorar o cumprimento das decisões e regras sugeridas pelo Grupo Estratégico, como o uso obrigatório de máscaras, controle de temperatura, distanciamento social, uso de álcool gel e busca ativa junto aos funcionários.
Nesse período, o Grupo Estratégico manteve contato constante com os órgãos oficiais e instituições encarregadas de controlar a disseminação do vírus para acompanhar a evolução dos efeitos da pandemia. Também obteve orientações do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Vigilância Sanitária para o aperfeiçoamento das regras e padrões adotados.
Investimento superior a R$ 3 milhões
As ações adotadas resultaram em um investimento de aproximadamente R$ 3 milhões e tiveram como objetivo assegurar a saúde dos funcionários, associados e prestadores de serviço, bem como a manutenção das atividades da Dália Alimentos, o que está se obtendo êxito. Esses investimentos foram aplicados na compra de equipamentos de proteção aos funcionários, máscaras, desinfetantes, álcool em gel, exames PCR, testes rápidos e afastamento de funcionários pertencentes aos grupos de risco, assim como os positivos e seus contatantes, sem perda de remuneração, conforme estabelecido pelo Grupo Estratégico Covid-19.
Conforme o presidente Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, esse conjunto de normas e procedimentos trouxe uma nova concepção de funcionamento para a Dália Alimentos. “Embora tenhamos tido registros de casos positivos, felizmente, todos sem gravidade e nenhum óbito. Isso significa que tivemos sucesso com as ações de controle da pandemia, já que conseguimos reduzir ao máximo a contaminação interna e isto nos permitiu a manutenção das atividades, sem transtornos com a produção dos associados, assegurando tanto a alimentação quanto a programação de abate dos animais, sem as quais poderia se registrar um caos social e econômico incalculável”.
Freitas complementa que devido as ações rápidas e bem estruturadas, foi possível manter as atividades industriais, a programação de investimentos nos segmentos produtivos, além da obtenção de habilitação para exportação a novos países, além da conquista da Certificação Halal, para abate e exportação de frango a países islâmicos. “O agronegócio foi o segmento que não paralisou suas atividades diante da pandemia, pois recebeu a incumbência de produzir alimentos e, por isso, precisa operar. Certamente, este vem sendo um tempo distinto, com muito trabalho e adoção de ações extra rotina, com o objetivo de impedir prejuízos à saúde de nossas equipes e, por consequência, à saúde econômica da cooperativa”.
Ações realizadas em razão da Covid-19:
– Barreiras sanitárias instaladas em todos os acessos a todas as indústrias da Dália;
– Higienização das mãos com álcool em gel, uso de máscaras, aferição da temperatura e distanciamento social;
– Alteração dos locais de refeições com adequação do distanciamento e modo de servir;
– Máscaras rastreadas e adequadas ao laudo de proteção, sendo controladas por cores;
– Testagem em massa dos funcionários nos frigoríficos e contactantes de pessoas positivas. Os testes aplicados são os PCR, que identificam a doença em seu estágio inicial, visando afastar a possibilidade de contágio, já que grande parte dos afetados é assintomática. Estes são imediatamente afastados, bem como seus contactantes. Todos os empregados que retornam de afastamentos (férias, doenças ou outros motivos) realizam o teste sorológico e os sintomáticos são testados com PCR;
– Houve a capacitação de funcionários para a realização diária da Busca Ativa de prováveis contaminados no interior da empresa;
– Brigadistas Covid-19;
– Ampliação do atendimento médico e monitoramento diário feito pela equipe de enfermagem da Dália com as pessoas positivas, acompanhando o estado de saúde;
– Contato diário com o Centro de Operações de Emergência (COE) e demais vigilâncias para identificar e rastrear os possíveis contaminados e afastá-los do trabalho.
Valdoir Cardoso: Das cobranças para as máscaras
Desde o dia 11 de maio deste ano, Valdoir João Cardoso (44) passou a adotar uma rotina diferente de trabalho. Ele, que está na Cooperativa Dália Alimentos há 28 anos, iniciava a sua jornada de trabalho sempre às 7h. Com a pandemia ocasionada pela Covid-19 passou a chegar à empresa às 6h. O motivo? Trabalhar voluntariamente no Grupo que realiza as ações de higienização das mãos e crachás e entrega de máscaras aos funcionários e a todos que chegam à Dália.
Valdoir, que exerce a função de auxiliar administrativo-financeiro no Setor Financeiro (contas a receber), está na função há quatro meses e, segundo ele, é uma alegria poder ajudar a empresa e as pessoas, ainda mais em uma época atípica como essa. “Um dia a nossa ex-gerente administrativa (Rene Luiza Gianisella), ligou solicitando se eu aceitaria trabalhar no grupo voluntário. Prontamente aceitei, pois sempre estive pronto a ajudar a empresa e aos nossos colegas de trabalho, principalmente agora, na proteção contra o vírus”.
Ele frisa que após a chegada da pandemia e da estruturação dos grupos de trabalho, todos ficaram preocupados em não se contaminar. “No início fomos bastante severos com todos, cobrando para que seguissem as orientações de higiene e proteção, pensando em preservar a saúde de cada trabalhador ou pessoa que viesse à Dália”. Neste período de portaria, Valdoir garante que decorou o nome de quase todos os funcionários que por ele passam, muitos dos quais conhecia só de vista e agora passaram a ser amigos do dia a dia. “O contato diário fez com que conseguíssemos estabelecer uma relação de amizade com cada um, seja por meio de um bom dia para acordá-los, de pedir como foi a noite de descanso para animá-los, desejando um bom fim de semana ou fazendo alguma brincadeira para alegrá-los no dia de trabalho. O sorriso que recebo de volta torna o meu dia muito melhor”.
Do tipo “brincalhão”, Valdoir anima a cada um que chega para trabalhar com o borrifador de álcool 70% em mãos e equipado com todos adereços de EPI/Covid. “Acredito que o meu jeito anima as pessoas, mas fico ainda mais feliz quando trabalho com a minha colega jornalista Carina. Nós dois não deixamos ninguém triste, é um sorriso, uma brincadeira, chamar pelo nome e assim passamos as horas trabalhando com disposição e alegria”.
Desde maio, quando começou o trabalho voluntário, Valdoir teve apenas um dia de folga e no mês de julho teve que permanecer seis dias afastado em virtude de sua companheira ter sido infectada pela Covid-19. “Não fui contaminado e não tenho medo do Coronavírus. Se até hoje não peguei, acho que não pego mais”.
Valdoir espera que a pandemia acabe o mais breve possível, mas admite que sentirá falta de ficar na portaria, do contato próximo, embora o distanciamento, com os funcionários. “Em época de pandemia e de distanciamento, o Coronavírus me aproximou de muitos colegas e de muitas pessoas especiais. Estou na função de ajudar e colaborar, pois fazemos parte de uma família chamada Dália e levaremos tudo isso como lição: de que somos fortes, unidos e que sem acreditar em Deus e tê-lo no coração nada é possível”. E finaliza: “é muito bom poder ajudar e aconselho demais colegas a fazerem o mesmo, porque no fim de tudo isso será muito gratificante saber que você ajudou a preservar a saúde dos seus amigos e colegas de trabalho”.
Legenda: Valdoir é um dos voluntários que está desde maio na grupo de voluntários
Texto e Foto: Carina Marques
Assessoria de Imprensa Cooperativa Dália Alimentos
Jornalista Carina Marques