21/09/2021

Delegados conectados e informados sobre o atual cenário da cooperativa

Delegados conectados e informados sobre o atual cenário da cooperativa

 

Reuniões com lideranças ocorreram em quatro momentos, de forma virtual, formato aprovado pelos delegados

 

A tecnologia está presente no campo e com ela a distância entre o Conselho de Administração e a Diretoria da Dália Alimentos com os associados foi encurtada. Reflexo da pandemia, que demandou pela não aglomeração de pessoas, as tradicionais reuniões realizadas semestralmente com os delegados, in loco, começaram a ocorrer de forma online.

O formato foi aprovado pelos 73 delegados que representam as cerca de três mil famílias associadas à Cooperativa Dália Alimentos em 130 municípios do Estado. Pelo computador ou pelo celular eles acompanharam as explanações do presidente do Conselho de Administração, Gilberto Antônio Piccinini e do presidente Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas.

Piccinini abriu os trabalhos e falou ao quadro social sobre a importância do enquadramento dos produtores quanto à atualização da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), além disso, sobre o desempenho da cooperativa até o mês de julho do corrente ano, da análise de custos de produção, enquanto Freitas apresentou um amplo panorama sobre negócios, mercados, tendências, crise e futuro.

O primeiro assunto levado aos delegados, que foram divididos em grupos conforme as suas regiões de abrangência, com reuniões realizadas em quatro dias no mês de setembro, foi a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e sobre o Comitê de Compliance, estruturado na Dália a fim de trabalhar a LGPD em todos os ambientes da cooperativa, seja empresa ou campo e o cuidado com o relacionamento interpessoal. Adiante, haverá um momento de nivelamento com associados sobre o tema ligado à ética.

 

Mercados

Quanto aos negócios e ao mercado, Freitas citou a crise global, com ênfase para a alta dos custos e a estagnação do salário mínimo, que registrou apenas 8% de aumento, enquanto a alimentação, a energia elétrica, o combustível, enfim, o custo de vida da população, aumentou drasticamente em um país que tem a taxa de desemprego de 16,4%. “O grau de dificuldade para as empresas se manterem é gigante diante deste cenário e as agroindústrias de alimentos, com os elevados custos de produção, ficam prejudicadas. O segmento que mais sofreu e oscilou foi o das carnes com o aumento brutal dos custos de embalagens e insumos para a industrialização e produção de rações”.

 

Suinocultura – Entre as ações estratégicas, com a finalidade de evitar prejuízos ainda maiores, Conselho de Administração e Direção da cooperativa estudaram alternativas e ações para todos os setores. Na suinocultura uma das opções temporária foi reduzir em 20% o número de matrizes alojadas no campo, diminuindo, consequentemente, o número de partos e o consumo de milho. No abate, o peso do suíno sofreu uma baixa de 136 para 120 quilos, chegando ao frigorífico com duas semanas de antecedência, também em função do consumo de milho. “É um conjunto de ações fortes, conscientes e corretas para reduzir os impactos e passar por essa fase difícil. Medidas assim nos dão credibilidade perante o sistema financeiro. Precisamos ter atitudes fortes para assegurar a viabilidade, o crédito e a confiança”.

 

Frango de Corte – O setor começou a passar por dificuldades no final de 2020 e início de 2021, quando o preço da carne desabou e os custos de produção aumentaram. Hoje a carne suína baixou de preço e a de frango registrou aumento. Mas o frango está buscando o ponto de equilíbrio e poderá apresentar uma recuperação antes do suíno. Freitas falou sobre o Programa Frango de Corte, com ênfase aos condomínios e à unidade frigorífica. “A planta está abatendo 65% de sua capacidade, evitando prejuízos. Nos núcleos de criação, a estratégia foi reduzir o número de aves alojadas, como também a idade de abate em dois dias, com o mesmo objetivo de reduzir o consumo de milho. “A cooperativa mantém o sistema integrado e, por isso, é possível diminuir a produção e garantir ao produtor associado tranquilidade, não o onerando”.

 

Lácteos – O Conselho de Administração tem mantido o preço do leite para assegurar ao produtor garantias de que as contas sejam fechadas em dia sempre a cada final de mês. “Em 2021 o preço empatou, isso que trabalhamos com a melhor metodologia e política possível. Diante do setor das carnes, o leite ainda é o melhor entre os três”.

 

Grãos – Em um retrospecto recente, Freitas apresentou a elevação do preço da saca de milho, enquanto em 2020 custava R$ 47,00, passando para R$ 78,00 no ano seguinte e em 2021 o elevado custo de R$ 103,00. A crise só diminuirá com a redução do custo de produção e dos insumos. Ele estimou que em agosto de 2022 possa haver uma mudança neste panorama com a colheita da Safrinha. “No agro, neste momento, o único que está ganhado é o produtor de grãos. O RS importa grãos e com isso criou-se uma crise no abastecimento”.

Freitas adiantou que um Setor de Grãos, com profissionais da área, a exemplo dos programas de Gado Leiteiro e Suinocultura, será estruturado para atender a essa demanda e que a Dália começará a receber um volume ainda maior de milho, trigo e aveia, seja associado à cooperativa ou não.

 

Dália 75 anos

Em 15 de junho de 2022 a Cooperativa Dália Alimentos comemorará 75 anos de fundação e ações já estão sendo programadas para lembrar e marcar a data. Durante as reuniões, associados sugeriram fazer uma confraternização e Piccinini disse que se pensa em algum evento, ação cultural e que toda ideia e sugestão será bem-vinda. “Poucas empresas chegam aos 75 anos, fortes, respeitadas e, certamente, vamos chegar aos 100 anos”.

 

Agradecimentos

“Encerramos esta rodada de reuniões com a adesão dos delegados, o que engrandece a cooperativa e o quadro social. Tudo é possível quando há interesse e vocês demostraram estar atentos às explanações para repassarem com fidelidade às famílias as quais vocês representam”, disse Piccinini.

“O quadro social confia na cooperativa, no Conselho e na Diretoria. Em 2020 tínhamos sinais de que 2021 seria um ano difícil e levamos à Assembleia Geral para aprovação a capitalização de parte das sobras de cada associado, o que garantiu duplicar o caixa e, com isso, manter a cooperativa operante”, explica, mencionando o bom senso, a confiança e pensamento coletivo por parte dos associados.

Citou o capital de giro da Dália para se manter alinhada e o planejamento realizado diante do cenário econômico que se apresenta desde que a pandemia iniciou. Foram realizadas reuniões entre Conselho e Direção para tomar as melhores decisões aos associados e funcionários. A Dália possui um fundo de reserva para momentos de crise, contudo o valor de R$ 35 milhões (mês base março/2021), que permaneceu na conta capital de cada associado, viabilizou o capital de giro. Freitas agradeceu o tempo e a atenção ao conjunto de notícias. “Nas próximas reuniões queremos voltar com notícias melhores e mais animadoras”.

 

Foto: Divulgação

 

Assessoria de Imprensa Dália Alimentos

Jornalista Carina Marques

 

 

 

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