15/04/2021

Dos primeiros tijolos como estagiário ao funcionamento como encarregado

Dos primeiros tijolos como estagiário ao funcionamento como encarregado

Mateus temi 25 anos é o encarregado da granja com ordenha mecânica em Nova Bréscia, onde trabalha há seis anos

Antes mesmo da Granja do Programa Parceria Integrada de Produção de Leite Nova Bréscia começar a operar, o jovem – e à época recém formado Técnico Agrícola – Mateus da Silva Marchese (25) começou a trabalhar na Cooperativa Dália Alimentos na função de estagiário. Natural do interior da cidade de Arvorezinha, onde morava com os pais Luis Carlos e Zeli Marchese, que são associados à cooperativa e trabalham na atividade leiteira, Mateus formou-se pela Escola Estadual Técnica Agrícola Guaporé e logo após mudou-se para Nova Bréscia para dar início à sua carreira.

Com foco em construções, topografia e gado leiteiro, conteúdo que mais chamava a sua atenção na escola, ele acompanhou toda a construção da granja e foi convidado a permanecer na cooperativa, inicialmente na função de auxiliar e em janeiro de 2018 passou a encarregado. O tempo de Dália já soma seis anos e nesta trajetória “curta” para um jovem de apenas 25 anos já acumula grandes responsabilidades.

Mateus encerrou o estágio em setembro de 2015 e foi contratado como auxiliar. Em janeiro de 2018 passou a ocupar o cargo de encarregado, cuja função desempenha até hoje. “Tenho uma boa equipe de trabalho, isso ajuda muito, pois ninguém alcança bons resultados sozinho, precisamos sempre estar unidos e ser um time forte”.

Ele recorda que quando recebeu o convite para o cargo ficou feliz e ao mesmo tempo preocupado por não saber se, de fato, iria “dar conta do recado”. Mas o tempo passou e o medo inicial se transformou em metas e resultados. “Já se passaram três anos como encarregado, tempo de muito aprendizado e de muita responsabilidade. Ainda tenho algumas dificuldades, mas a cada dia que passa adquiro mais conhecimento e as dificuldades vão diminuindo. Além da minha equipe, meus superiores Roni Roese (técnico responsável pelas granjas robotizadas), Fernando de Oliveira Araujo (gerente da Divisão Produção Agropecuária) e Eduardo Caminha (médico veterinário), pessoas que admiro muito, estão sempre prontos a me ajudar quando preciso”, elogia.

 

Rotina de trabalho

Mateus inicia as atividades às 6h e segue um cronograma. “Verifico se está tudo certo no sistema da granja, ou seja, os robôs, os painéis eletrônicos e depois verifico se as vacas estão bem, passo em todos os setores da granja para analisar como estão sendo realizadas as atividades atribuídas a cada funcionário e também faço o casqueamento nos animais quando necessário, a troca de curativos de casco, a análise de notas fiscais e envio para a Matriz. Enfim, faço a gestão da equipe e envio de relatórios quando solicitados”.

Em relação ao sistema de ordenha robotizada, conta que se adaptou gradativamente ao sistema, já que participou de capacitações antes da granja iniciar os trabalhos. “Participei de vários treinamentos, da fase de montagem dos robôs e no início tive algumas dificuldades, mas logo me acostumei”.

Sobre o futuro, Mateus pretende fazer um curso de auxiliar de veterinário e ter a sua própria propriedade para trabalhar com o que mais gosta: pecuária leiteira. “Meus pais trabalham com vacas e cresci ajudando. Por isso decidi fazer o curso técnico e o meu sonho é ter uma propriedade para poder continuar com esse trabalho ensinado e herdado por eles”.

 

Companheirismo

Mateus é casado com Sonia Mignoni Marchese (29), também natural do interior de Arvorezinha e formada em Técnica em Contabilidade. Juntos há mais de sete anos, eles também compartilham das tarefas na granja. Sonia e Mateus se casaram em setembro de 2017 e logo após o matrimônio ela se mudou para Nova Bréscia e passou a trabalhar na cooperativa na função de auxiliar de granja.

Sonia é responsável pelo bezerreiro, pelo controle leiteiro, pelo lançamento de dados, auxilia na ordenha, nos manejos, nas limpezas em geral, observa as vacas doentes e em cio e sempre que necessário ajuda os funcionários e colegas. “Moramos e trabalhamos juntos. Temos uma relação de marido e mulher fora da granja e dentro do trabalho de encarregado e auxiliar. Cumpro com minhas obrigações e sabemos respeitar o espaço do outro”, relata a jovem, filha de Genir e Neiva Mignoni.

 

Números

A Granja Nova Bréscia faz parte do Programa Parceria Integrada de Produção de Leite, anteriormente denominado Condomínios Associativos Leiteiros. O que difere agora é que a gestão de cada condomínio é realizada pela cooperativa e os produtores entram como sócios da granja, com uma renda fixa mensal, conforme a cota que possuem. Além de Nova Bréscia, faz parte do programa as granjas de Roca Sales, Arroio do Meio e Candelária.

A produção atual em Nova Bréscia é de 5,1 mil litros de leite por dia, uma média de 36 litros leite/vaca/dia. A instalação aloja 224 animais, sendo 141 vacas lactantes, 41 vacas secas, 22 novilhas e 20 terneiras, sendo que 58% das vacas estão prenhe. Na fase de recria, realizada nas propriedades de Ricardo Schena, em Nova Bréscia e de Marlon Bentlin, em Sobradinho, são 99 novilhas de diversas idades.

A equipe de funcionários da Granja Robotizada Nova Bréscia é composta pelo encarregado Mateus da Silva Marchese (25) e pelos auxiliares Sonia Mignoni Marchese (29), Valdenir dos Santos (28), Arthur Sbardelotto (19), Maria Eduarda Bianchi de Oliveira (19) e Maurício Varela de Oliveira (19) e pelos estagiários Richander Giovan Heller (28) e Luciane Taina Lenz (22).

 

Foto: Carina Marques

 

Assessoria de Imprensa Cooperativa Dália Alimentos

Jornalista Carina Marques

 

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