09/08/2021

Pasto a perder de vista, animais soltos e nutridos

Pasto a perder de vista, animais soltos e nutridos

A área de pasto a perder de vista é um parque de diversões para as vacas leiteiras da propriedade do casal Hilario (61) e Neiva Cortelini (54). Ele associou-se à Dália Alimentos em 2007 e, sem conhecer muito sobre a cooperativa, arriscou-se pelo fato de ter vizinhos próximos associados e que informavam somete aspectos positivos, considerando a Dália uma empresa séria, correta, que pagava em dia pela produção entregue e que já possuía vários associados naquela linha.

Neiva conta que a busca por uma empresa para entregar o leite produzido na propriedade teve início quando eles decidiram aumentar o número de vacas e ter uma renda extra que, àquela época, era proveniente somente da vitivinicultura e da fabricação de queijo.

Até 2007 eram apenas 30 litros ordenhados no sistema balde ao pé diariamente. O produto era destinado à fabricação de queijo, comercializado na cidade de Fagundes Varela. Hilario carregava as formas de queijo no carro, se deslocava da propriedade localizada em Linha David Canabarro até a cidade para vender as peças caseiras. Mas com o passar o tempo, a demanda pelo queijo por parte dos clientes atenuou e o casal se viu obrigado a cessar com a atividade e partir para a expansão do número de litros produzidos e passar a entregar a produção a uma empresa.

Foi então que a Dália Alimentos apareceu no caminho e na vida da família. Em outubro de 2007 começaram a ser atendidos e visitados pelo técnico em agropecuária Dirceu Fronchetti e o extensionista responsável por prestar assistência e orientar o casal no melhoramento da atividade leiteira e também no funcionamento da propriedade.

 

Filha agrônoma

A filha do casal, Daniela (19), mora com os pais e cursa a faculdade de agronomia pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), no polo em Nova Prata. Ela conta ter optado pelo curso devido à familiaridade com animais e a convivência com o meio rural desde pequena, observando e acompanhando os pais na lida diária com as vacas. “Eu sempre ajudei nos serviços de casa, na ordenha das vacas, e como moramos no interior pensei que a carreira de engenheira agrônoma iria ajudar e seria a melhor opção a seguir. Estou gostando do curso e muito do que já aprendi nestes dois anos de faculdade estão ajudando também a melhorar aspectos aqui em casa, como a parte de alimentação, a dieta das vacas e a organização da parte tática, operacional e financeira, com ajuda do técnico e anotações diárias no Caderno de Campo do Leite para controle dos custos de produção”, conta.

 

Rebanho atual

Alojados no sistema semiconfinamento, o rebanho lactante, que é de 28 vacas, produz cerca de 500 litros de leite por dia. Estimam um acréscimo de 150 litros com a parição de algumas vacas atualmente secas e o pleno aproveitamento das pastagens; além disso, são dez novilhas e uma terneira. A área de terra é limitada, sendo apenas 16,5 hectares e, destes, 11 dedicados à pecuária leiteira para o plantio de pastagens de inverno e verão como aveia, azevém, tifton, etc., bem como produção de milho para silagem. A área é mensurada em piquetes com dimensões de dois mil metros quadrados/dia para as vacas em produção e, a cada dia, as vacas se alimentam em um piquete diferente, mantendo a rotatividade do ciclo de pastagem.

Depois da associação à Dália, Hilario conta que passaram de um resfriador com capacidade para armazenar 700 para 1,5 mil litros de leite. Passaram a fazer parte do Programa Leite Saudável, que já está em uma sua quarta etapa, e melhoraram índices de sanidade e produtividade, tornando-se mais eficazes e eficientes.

O técnico Dirceu Fronchetti faz uma retrospectiva e ressalta o salto que o produtor obteve, comparando o ano de 2017 a 2021. “A média naquele ano era de 10 mil litros de leite por hectare/mês e hoje a média é de quase 16 mil litros de leite/mês”, comenta.

O objetivo da família é ampliar em 100 litros a produção diária, pois devido à pouca área de terra e escassa mão de obra, torna-se inviável uma projeção maior de aumento de volume de animais e leite produzido. Enquanto o leite tornou-se a principal atividade da propriedade, antes ranqueada pela viticultura, as parreiras foram reduzidas, passando de 35 mil quilos produzidos por safra para 15 mil quilos. “Tínhamos 1,7 hectares para as parreiras e ficamos com apenas com 0,7. Um hectare transformamos em área de pastagem, muito mais lucrativo e rentável para nossos objetivos, que consistem em melhorar a produção por unidade/animal e por área utilizada com leite, já que temos sala de ordenha nova e também galpão para alimentação com camas para permanência das vacas”, pontua Hilario.

 

Perfil | Técnico Dirceu Fronchetti

O técnico Dirceu Fronchetti está na Dália há mais de três décadas. Ele ressalta como aspectos positivos da propriedade Cortelini a conquista de índices de qualidade do leite, como Contagem Bacteriana Total (CBT) e Contagem de Células Somáticas (CCS), sempre dentro dos padrões. “É muito importante o foco em qualidade e também notamos a preocupação em aumentar a produtividade animal e, como consequência, ampliar a produção de leite por hectare utilizado na atividade leiteira, o que demonstra a eficiência do produtor e sua família”.

 

Fotos: Carina Marques

 

Assessoria de Imprensa Cooperativa Dália Alimentos

Jornalista Carina Marques

 

 

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