07/02/2024

Dália reúne delegados

Os 67 delegados estiveram reunidos com os Presidentes Executivo e do Conselho de Administração, para tratar sobre o desempenho de 2023 e as perfectivas para o futuro

Nos dias 23 e 24 de janeiro, a Cooperativa Dália reuniu os delegados em dois grupos para discutir sobre os acontecimentos que impactaram o setor agroindustrial nos últimos anos e apresentar as projeções da cooperativa para 2024. O encontro ocorreu no Centro de Cultura Ouro Branco, na matriz, em Encantado, iniciou pela manhã e se estendeu ao longo da tarde.

Na ocasião, o Presidente do Conselho de Administração, Gilberto Antônio Piccinini, abordou os principais acontecimentos que impactaram a Dália no ano de 2023, como também o planejamento para 2024. “Foram duas reuniões, uma parte dos delegados em um dia e o restante no outro. Dois encontros muito importantes, onde abordamos os impactos da crise da produção de proteína animal, as cheias do Rio Taquari, que invadiram o frigorífico de suínos e mesmo assim, diante dessas adversidades, no final do ano, começamos a obter resultados significativos principalmente na suinocultura”, com otimismo afirmou Piccinini.

O presidente do conselho também relembrou as decisões da cooperativa, em relação à diminuição do abate de aves e suínos. “Diante do cenário negativo do mercado, nos últimos três anos, discutimos as ações da Dália relacionadas ao aumento da produção de embutidos, que tem valor agregado. Outra decisão da cooperativa foi reduzir o abate em ambos os frigoríficos, medidas que se mostraram importantes e acertadas”, ressaltou.

Além disso, o encontro também serviu para aproximar a direção com o grupo de lideranças. “Aproveitamos o momento para debater e permitir a participação de todos. Discutimos sobre as estratégias tomadas e o planejamento para o futuro. Tenho certeza de que todos saíram conhecendo mais sobre o cenário do mercado, a situação atual da cooperativa, além de esclarecidos sobre os importantes temas abordados”, frisa.

Dificuldades do RS   

Em seguida, o Presidente Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, explanou sobre a complexidade dos acontecimentos dos últimos três anos, como a elevação da taxa de juro, a crise da proteína animal e o prognóstico que o setor vivencia em todo o mundo.

“Ambos os encontros foram muito proveitosos. Muitos delegados questionaram e sanaram suas dúvidas nas discussões sobre as projeções, oportunidades e ameaças. Outro fator que avaliamos em conjunto é a interrelação da economia e da política, uma vez que os fatos políticos interferem no mercado e na encomia e esta afeta o cenário político e, por consequência, no cotidiano da população”, destacou Freitas.

Carlos Alberto projeta que a crise das carnes está chegando ao final e detalhou os principais motivos que desencadearam o momento de dificuldades na produção. “Constatamos que a crise iniciou por causa da elevação do custo de produção, resultado do aumento do preço dos insumos e das altas taxas de juro. Porém, ambas estão reduzindo e, com isso, a atividade econômica volta a ser rentável para quem produz neste país e, consequentemente, a crise apresenta sinais que está chegando ao fim”, relaciona.

No entanto, o gestor enxerga ameaças em relação às políticas públicas no estado do RS. “Os decretos que o governador publicou ao final do ano, retirando os créditos presumidos de centenas de setores é uma grande ameaça para o setor produtivo, uma vez que, inviabiliza a economia gaúcha tirando a competitividade das empresas do estado e gerando prejuízos a médio e longo prazos para a população, podendo até, futuramente, se tornar um estado empobrecido”.

Freitas ainda alertou os delegados sobre a importância de assuntos relacionados às políticas públicas que interferem no setor produtivo. “A discussão sobre os decretos que cortam os créditos presumidos é muito importante. Por isso, trabalhamos este assunto com o grupo de lideranças da cooperativa. Precisamos compreender de forma clara os impactos resultantes e transmitir não apenas ao quadro social da Dália, mas também à população em geral. Como cidadãos gaúchos, é hora de cobrarmos um posicionamento dos vereadores e deputados estaduais que elegemos”.

Ele destaca que, neste momento, é de suma importância a participação de todos e, faz uma comparação com o que ocorre em outros países. “Estamos vendo as manifestações dos agricultores na Holanda, isso por que a classe não concorda com as decisões do governo. A divulgação das informações e a participação ativa são fundamentais para a construção de uma sociedade e de um estado melhor, ainda mais para nós, enquanto líderes”.

Incentivo de vários governos

Conforme Freitas, os créditos presumidos resultaram de acordos celebrados entre a indústria e o poder púbico estadual e que se estende há vários governos. “Todos os estados da federação brasileira adotaram a política pública dos créditos presumidos, a fim de trazer isonomia competitiva e evitar a guerra tributária fiscal, quando ocorre uma disputa entre estados e municípios para oferecer melhores incentivos”.

Desta maneira, o governo do estado coloca um freio na economia, pois as empresas perdem competitividade e afastam novos investimentos. “Lamentavelmente, o governo do RS, na ânsia de aumentar a arrecadação, tenta retirar o incentivo fiscal das empresas e faz com que diversos setores percam o equilíbrio competitivo”, finaliza Freitas.

 

 

Legenda: Presidentes do Conselho de Administração, Gilberto Antônio Piccinini e Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas oportunizaram um momento de aproximação com as demais lideranças da cooperativa

Foto: Karoline Jaquetti

Assessoria de Imprensa Cooperativa Dália Alimentos

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