09/05/2022
Após três anos a Dália retorna com a AGO e AGE presenciais
As tradicionais assembleias ocorreram na sede do Sicredi em Encantado e reuniu 68 delegados
Após dois anos consecutivos, a Cooperativa Dália Alimentos realizou as Assembleias Geral Ordinária (AGO) e Extraordinária (AGE) de forma presencial no dia 16 de março. O evento ocorreu no Sicredi Região dos Vales em Encantado, com a presença de 68 delegados das macrorregiões, que representaram o quadro social.
A ordem do dia foi apresentada pelo vice-presidente, Pasqual Bertoldi, e em seguida, o contador Ivo Dirceu Villa realizou a apresentação das demonstrações contábeis que compõem o balanço patrimonial. Após, o relator Gustavo Fleck, fez a leitura do parecer do Conselho Fiscal, seguido pelo Auditor Independente Delano Colombo na apresentação do Parecer da Auditoria Externa Independente.
Na sequência, o presidente do Conselho de Administração, Gilberto Piccinini, lembrou que desde 2007 a Dália possui o programa de Retribuição Social, que busca valorizar os associados que completam 65 anos, mas, para isso, precisam manter o capital social na cooperativa. “Atualmente, são 295 produtores que recebem retribuição social, no valor total de R$ 357.340,26”, informou. Outro programa instituído em 2007 e abordado pelo presidente do conselho, é o Benefício Sócio Fundador, para o qual a Dália destinou no ano passado R$ 29.700,00 recebidos pelos únicos cinco cônjuges de sócios fundadores existentes”, diz.
Piccinini reforçou a importância de dialogar com os delegados associados. “É debatendo com o nosso quadro social, que conseguimos prospectar um futuro melhor para a cooperativa. Estamos também buscando viabilizar reuniões nas regiões para conversar com os produtores”, comentou. Em seguida, houve apreciação e aprovação de 68 delegados para o balanço referente ao exercício de 2021.
Peste Suína Africana na Ásia
O presidente Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, fez sua explanação pautada em números, detalhando que no exercício de 2021 a cooperativa obteve R$ 1.900.940.119,00 de receita operacional bruta.
Conforme Carlos Alberto, 2020 foi um ano especialmente positivo para o setor carnes, em decorrência da Peste Suína Africana ocorrida Na Ásia, continente que consome o equivalente à metade da carne suína do mundo e, por isso, passou a ser o principal comprador de produtos suínos do Brasil.
“Com isso, a exportação de carnes para o continente asiático aumentou significativamente, permitindo o crescimento das vendas tanto no mercado externo quanto interno. No momento em que a Ásia superou sua crise interna, a exportação brasileira reduziu, ocasionando uma queda nas vendas de carne em ambos os mercados, forçando a estocagem do produto,” informou.
Além disso, lembrou que o custo dos grãos em 2020 era mais baixo, permitindo que as agroindústrias obtivessem um superávit expressivo. Contudo, em 2021 o preço do milho cresceu 100%, como também outros insumos registraram aumento de preço entre 50 e 60%. “Com a estabilidade da produção de carne suína na China, nós já esperávamos por uma crise, mas as dificuldades se acentuaram em 2021, devido ao ápice da pandemia e dos diversos aumentos de custo registrados em produtos como óleo diesel, embalagens, insumos agrícolas, entre outros”, ressalta.
Além desse cenário, Freitas mencionou o aumento do imposto estadual do Rio Grande do Sul (RS), que vem se acumulando desde o governo Sartori. “O RS não tem mais competitividade em relação aos estados de Santa Catarina e Paraná, por isso dificilmente haverá investimentos de novas agroindústrias no estado gaúcho”, afirma.
Já para o segmento leiteiro, disse que o motivo pelo baixo preço do leite é o menor custo de produção da Argentina e do Uruguai. “A carga tributária desses dois países é bem menor em relação a do Brasil. Ao ingressarem no mercado brasileiro com menor preço, forçam a baixa do valor do litro de leite e, com isso, ocorre também uma redução na nossa rentabilidade”, explica.
Conforme Carlos, a crise que a agroindústria vem enfrentando de um modo geral, é o resultado das dificuldades de mercado enfrentadas, além do custo da máquina pública: “Este é o momento de olhar para o nosso negócio, retrair as perdas, nos mantermos alinhados em nossos três setores, pois lá na frente, as agroindústrias se potencializarão de novo, apesar de agravada agora pelo conflito entre a Rússia e Ucrânia”, afirma.
AGE
A Assembleia Geral Extraordinária se fez necessária para alteração de alguns itens do estatuto social, que se fizeram necessários para assegurar a melhor gestão dos processos decisórios da Cooperativa.
Conselho Fiscal
Na ocasião ocorreu a eleição e a posse do Conselho Fiscal para a gestão 2022, resultando eleitos, como titulares Josemar Gambatto, André Guaragni e Gustavo Fleck. Na suplência estão Daniel Frohlich, Daian Selli Giordani e Eduardo Augusto Goecks.
Comissão Eleitoral
Também foi eleita e empossada a comissão eleitoral para exercício de 2022 a 2026, composta por Veridiana Alba, Adelar Berá e Admir Lorenzon, ficando na suplência Felipe Mattiello Costela e Flávio Antônio Villa.
Legenda: Carlos Alberto falou sobre a Peste Suína Africana na Ásia e sua influência para o Brasil
Foto: Kástenes Casali
Assessoria de Imprensa Cooperativa Dália Alimentos
Jornalista Kástenes Casali