03/02/2023

Conheça o sistema de tratamento de efluente no Incubatório

Estação de Tratamento de Efluentes é fundamental para operação da unidade

No ano de 2020 o Incubatório da Cooperativa Dália Alimentos, localizado no município de Mato Leitão, começou a receber os ovos das matrizes. Neste processo, atualmente cerca de 86.016 ovos diários chegam ao incubatório, que tem capacidade máxima semanal para 344.064 ovos. Após a eclosão dos ovos, os pintinhos são encaminhados para um dos nove condomínios, porém, o que muitos não sabem, é que para o pleno funcionamento da unidade faz-se necessária uma série de limpeza e o tratamento adequado dos efluentes.

São diversos os cuidados relacionados à desinfecção do ambiente e dos equipamentos, seja na hora de incubar, no recebimento dos ovos do matrizeiro ou na eclosão deles, para evitar qualquer contaminação dos animais.

Normas e legislações

O processo de tratamento do efluente é complexo, uma vez que todo e qualquer descarte de resíduo deve respeitar a legislação ambiental.

Conforme a Engenheira Ambiental, Andrieta Werner, tudo começa na captação da água que serve para consumo e principalmente para a limpeza geral. “Para isso, foi necessário passar pelos tramites exigidos pela legislação ambiental, como licença para perfuração e instalação da estrutura adequada, bem como a outorga para uso da água desse poço”, detalha.

Na prática

Assim como para a captação de água e a limpeza geral, existe outro cuidado importante que é o descarte dos resíduos sólidos e líquidos. “Todo descarte de resíduos possui exigências específicas. Aqui, no Incubatório, temos contrato com pelo menos cinco empresas que são responsáveis pelo transporte e destinação final dos resíduos, sejam orgânicos, recicláveis ou de saúde.”, exemplifica.

Após ser usada para limpeza da estrutura e dos equipamentos, a água vai para o tratamento de efluente, onde passa por alguns processos até ser destinada ao recurso hídrico receptor.

Estação de Tratamento de Efluente

O processo inicia com o recebimento das águas residuárias do incubatório na peneira. Nesse local são retirados os restos de penugem e cascas de ovos e, em seguida, o efluente é destinado por bombeamento para o tanque de equalização, onde inicia o processo químico.

Nesse tanque ocorre a equalização da vazão de tratamento e a dosagem de tanino para a eficiência do processo sem perder os sólidos no efluente final.

 

No reator aeróbio, o efluente é tratado de forma aeróbia, oxidando a matéria orgânica e o nitrogênio amoniacal. Parte da matéria orgânica é oxidada a dióxido de carbono, e a água, assim como a outra parte restante é transformada em novas células. Depois disso, o efluente é destinado para o sedimentador secundário, onde ocorre a separação entre a biomassa da massa líquida, parte da qual é reciclada para o reator e outra é encaminhada para o sistema de leito de secagem. Neste local, o resíduo filtrado será encaminhado para o tanque de equalização e a parte sólida para o sistema de compostagem orgânica terceirizada. Essa mesma empresa também coleta a parte sólida do processo de peneiramento, que ocorre no início do tratamento.

 

A parte líquida, separada no sedimentador já se encontra em condições de ser despejada no corpo hídrico receptor, cuja vazão máxima no Incubatório é 30m³/dia, condição autorizada pelo licenciamento ambiental que também dita as condições e padrões de seu lançamento, quais sejam:

 

 

Parâmetro PADRÃO DE LANÇAMENTO EFLUENTE FINAL
Sólidos Sedimentáveis <= 1,0 mL/L testa 1 h Cone
pH entre 6,0 e 9,0
DBO5 <= 120 mg/L
DQO <= 330 mg/L
Sólidos Suspensos Totais <= 140 mg/L
Óleos e Graxas Totais <= 30 mg/L
Fósforo Total <= 4,0 mg/L
Nitrogênio Amoniacal <= 20 mg/L
Coliformes Termotolertantes <= 10 elevado a quinta potência

 

Alguns desses parâmetros são monitorados diariamente e outros mensalmente, por meio de análises laboratoriais. Semestralmente, a cooperativa apresenta relatório das condições de operação da Estação de Tratamento de Eluentes (ETE) do Incubatório ao órgão licenciador.

 

“Precisamos estar em constante cuidado com a operação da ETE e o atendimento dos parâmetros do efluente, bem como o consumo de água na unidade. Esses fatores farão com que a produção seja eficiente no aspecto financeiro e ambiental, ou seja, sustentável”, finaliza Andrieta.

 

Legenda: O tratamento de efluentes é essencial para o funcionamento da unidade

Fotos: Créditos/Kástenes R. Casali

Assessoria de Imprensa Cooperativa Dália Alimentos

Jornalista Kástenes Casali

 

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