11/03/2022

Dália Alimentos recebe habilitação para exportar produtos do frigorífico de frango para Hong Kong

Conforme gerente da divisão de controle da qualidade, a Dália já está apta a exportar os produtos

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento junto com a Secretaria de Defesa Agropecuária (DAS/MAPA) e o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), no último dia  31 de janeiro, concedeu à Cooperativa Dália Alimentos a habilitação para exportar frangos congelados.

Segundo a Gerente da Divisão Controle de Qualidade, Ivane Giacobbo, essa habilitação para Hong Kong, permite exportar frango inteiro, cortes de frango com osso e sem osso, miúdos, pele e carne mecanicamente separada de frango, mas todos os produtos devem ser congelados.

Segundo dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) o país asiático, em 2021, se colocou como o sexto maior importador de frangos produzidos no Brasil.

A Supervisora de Exportação, Silvana T. Gomes, enfatiza o interesse que o mercado asiático tem pelos produtos avícolas. “Buscávamos habilitação desde 2019”, afirma.

A cooperativa segue no contato continuo junto as autoridades no exterior, como também junto ao Ministério da Agricultura no Brasil, pois as habilitações são muito importantes e resultam em novas oportunidades de comercialização para a empresa”, salienta.

Exportação

Gomes destaca a importância de ampliar o mercado externo, pois quanto mais opções a Dália tiver, melhor será sua atuação nesses mercados. “Cada destino tem sua peculiaridade e preferência por itens específicos, ou seja, nem todos os itens são demandados da mesma forma para todos os países e nessa diversidade podemos ter melhor desempenho”, explica.

Além disso, segundo o Gerente da Divisão Frango de Corte, Eduardo Koefender, a exportação significa fluxo de grandes quantidades de itens negociados, resultando em um alívio dos estoques e da pressão na área comercial. Para ele, sua importância se caracteriza quanto à flexibilização das oportunidades comerciais e manutenção  do fluxo da expedição.

Para a Supervisora,  as dificuldades para exportar nem sempre são de caráter comercial. De acordo com o cenário atual, os exportadores enfrentam um caos logístico sem precedentes, tanto com a falta de containers quanto de espaços em navios, sem falar nos atrasos nos portos. Silvana também relata que, mesmo para alguns países para os quais a cooperativa já possui habilitação para exportação, esses problemas nos portos e, também, os fretes abusivos, muitas vezes acabam inviabilizam os negócios.

No entanto, Silvana explica que para a Dália, todas as habilitações são conquistas muito importantes. “Elas dão condições especiais e muito favoráveis, em especial, esta, do frango para Hong Kong, pois somos muito fortes neste mercado, temos clientes que gostam muito dos produtos Dália e isso nos dá uma posição muito forte”, afirma.

Em se tratando da produção, Koefender afirma que no momento, os volumes gerados para exportação se mantêm os mesmos do ano passado.

Burocracia

Conforme Ivane, os processos para exportação passam por diversos requisitos do país para onde tencionamos exportar. “Essa habilitação pode ser por indicação do MAPA, por uma chamada pública pela Divisão Intermediária de Arquivo Intermediário (DIAI) ou por habilitação pre-listing”, explica.

Atualmente todos os processos de exportação são solicitados por meio do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que é responsável pelo estabelecimento e abre um processo no sistema do MAPA. Após ser aprovado pelo SIF, passa para o Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISPOA) e por fim, para o MAPA em Brasília.

Hong Kong

De acordo com Ivane, há pouco tempo, o país asiático solicitava os mesmos requisitos do mercado brasileiro, porém, atualmente, para as empresas se habilitarem a este mercado, é necessário preencher um check list e atender as especificações solicitadas por eles. “São várias características que precisam ser atendidas como: bem estar animal, cuidados com a higienização dos caminhões de transporte, os frangos devem passar por um exame ante mortem e post mortem pelo Serviço de Inspeção Federal. Também é preciso dispor de um programa de rastreabilidade e ações em caso de necessidade de recall de produtos, possuir os programas de autocontrole implantados (Boas Práticas de Fabricação e Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) entre outros requisitos”, salienta.

Segundo a gerente, o frigorífico de suínos já exporta produtos para Hong Kong, enquanto que o setor de frango ainda não tinha essa habilitação. Além disso, os cortes suínos congelados estão presentes no mercado internacional desde 1992, no qual fazem parte os países: Uruguai, Hong Kong, Cingapura, Vietnã, Egito, Costa do Marfim, Geórgia, Abkhazia, Provedoria Marítima, Libéria, Macau, África do Sul, Angola, Dubai, Albania, Libéria e Azerbaijão

A exportação de cortes de frango ocorre desde 2020, época em que o frigorífico também conquistou o certificado para abate Halal. De acordo com Silvana, essa certificação atende mais de 200 países, parte dos quais a Dália já possui habilitações especificas. Em dois anos de atividade de exportação, o setor avícola da Dália está presente no Haiti, Moçambique, Suriname, República Democrática do Congo, África do Sul, Emirados Árabes e na Angola.

 

Legenda: Entrada do frigorífico de corte de frango da Dália em Palmas

 

Foto: Kástenes Casali

 

Assessoria de Imprensa Cooperativa Dália Alimentos

 

Jornalista Kástenes Casali

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