06/10/2022

Plano Safra 2022/2023 chega a R$ 340,8 bilhões

Pequenos e médios produtores rurais podem ter acesso às linhas de créditos por meio dos programas do Pronaf e Pronamp   

 

O Plano Safra 2022/2023 iniciou sua vigência no mês de julho/22,  com programa  de aplicação de R$ 340,8 bilhões em recursos, a serem operacionalizados pelos bancos credenciados: Banco do Brasil, Sicredi, Sicoob, Banrisul, Cresol Confederação, Banco Regional do Extremo Sul (BRDE) e Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

 

O programa que apoia a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano destina R$ 246,3 para o custeio e comercialização e outros R$ 94,6 bilhões para investimentos. Os recursos com juros controlados somam R$ 195,7 bilhões e com juros livres, R$ 145,2 bilhões. O montante de recursos equalizados soma R$ 115,8 bilhões na atual safra.

 

As principais linhas de crédito são disponibilizadas ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juro de 5% e 6% ao ano e ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), com taxa de 8%. Os programas financiam pequenos e médios produtores integralmente com juros controlados. As linhas que operam com juros livres estão sujeitas à chamada equalização de taxas por parte do governo e os empréstimos no âmbito do novo plano vigoram desde 1º de julho.

 

Acréscimo de 36%

Para o Controller da Cooperativa Dália Alimentos, Fernando Luiz Pagliari, o plano safra foi considerado positivo pelas entidades do agronegócio, pois teve um acréscimo de 36% nos recursos em relação ao ano anterior. “Porém, apesar do acréscimo, o setor esperava algo em torno de 400 bilhões de reais devido ao aumento nos custos dos insumos”, comenta.

Para ele, as taxas foram consideradas adequadas para o Pronaf e Pronamp.  “Já para as cooperativas e grandes produtores as taxas ficaram acima do esperado e são consideradas salgadas, pois chegam a 12% ao ano, o que antes era 8,5%”.

Pagliari observa que existe uma clara intenção do governo em atender preferencialmente o pequeno e médio produtor rural por meio do Pronaf e Pronamp, o que fica visível pela política de taxa de juros praticadas nessas operações.

Como ponto negativo, Fernando ressalta as taxas de juro para os investimentos, fixadas acima do esperado e que devem dificultar o retorno financeiro e a viabilidade das operações.

 

Enquadramento 

 

Para acessar a linha de menor juro, de 5% a 6% ao ano, por meio do Pronaf, a propriedade rural não pode ultrapassar renda bruta anual de R$ 500 mil. No Pronamp, com juro anual de 8%, o enquadramento é de até R$ 2,4 mil anuais.

 

 

Foto: Kástenes Casali

 

Assessoria de Imprensa Cooperativa Dália Alimentos

 

Jornalista Kástenes Casali

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