11/04/2025

Retorno presencial da Escola do Leite

Setor Gado Leiteiro retomou o primeiro módulo no dia 19/03 em Nova Bréscia

O supervisor do Setor Gado Leiteiro, Yago Machado da Rosa, destaca a importância da realização dos módulos presenciais. “Diferentemente da Escola do Leite disponível virtualmente, a formação presencial contará com dez módulos em vez de 15 aulas, com temas fundamentais para a pecuária leiteira. Já estamos divulgando as datas e os locais para que os associados possam participar. É importante ressaltar que esta formação contempla temas técnicos essenciais para uma propriedade ser ainda mais rentável”, explica Yago, enfatizando que, mesmo com a volta ao formato presencial, as aulas continuarão disponíveis na plataforma Escola do Conhecimento.

“A Escola do Leite tem como objetivo capacitar os associados produtores de leite. Nossa região é composta por propriedades rurais com limitação de área agrícola e mão de obra familiar, por isso, maximizar a eficiência produtiva faz toda a diferença para viabilizar o negócio familiar”, afirma o supervisor, ressaltando que o curso promove o crescimento da atividade levando em consideração a realidade local.

Ao longo deste ano, serão formadas três turmas que reunirão associados das regiões do Vale do Taquari Leste e Sul. “Ainda estamos confirmando os locais, mas as datas já estão definidas”, detalha Rosa. Confira ao final os locais. Os técnicos serão responsáveis por avisar os associados de sua região sobre local definido.

Confira o desenvolvimento da primeira aula

No primeiro módulo da Escola do Leite a engenheira agrônoma Letícia Conzatti Piccinini abordou o tema “Manejo de Solo”. Durante sua explanação, ela destacou que um dos principais desafios enfrentados pelas propriedades rurais da região é atingir a produção de forragem necessária ao rebanho, principalmente nestes anos de clima atípico, em propriedades de reduzida área de terras agricultáveis. “Por isso é fundamental otimizar o uso dessas áreas e as práticas de manejo conservacionista, já que levam à maior produtividade ao longo do tempo”, explicou Letícia.

A agrônoma enfatizou a importância de práticas de manejo sustentável, como o plantio direto. “Sempre começamos pela parte química, com a análise e correção do solo, passando por pastejos rotacionados que respeitem a altura de saída dos animais, ou mesmo através das plantas de cobertura do solo, que reciclam nutrientes, cobrem o solo e permitem maior eficiência produtiva do sistema”. Além disso, abordou a relevância da matéria orgânica no solo, como um atributo que colabora para o armazenamento de água e nutrientes. “A matéria orgânica é um dos principais indicadores de fertilidade, e é um bom guia para sabermos se estamos acertando nos manejos, pois se conseguirmos aumentar estes teores estamos no caminho certo. Para promover a fertilidade do solo, é necessário considerar três aspectos: químico, físico e biológico. A parte química diz respeito aos nutrientes essenciais; a física está relacionada ao desenvolvimento das raízes e à melhoria da porosidade do solo; e a parte biológica envolve a vida do solo, os microrganismos, como fungos, bactérias, entre outros”, ressaltou.

Por fim, Letícia convidou os associados a participarem dos próximos módulos, “Assim como reciclamos os nutrientes no solo é bom nos unirmos periodicamente para reciclar nossos conhecimentos”, destacando a importância de compreender as boas práticas de manejo para garantir a sustentabilidade e o sucesso das atividades agropecuárias.

Datas dos próximos módulos. Os locais serão divulgados pelos técnicos de sua região:

Legenda: primeiro encontro foi no município de Nova Bréscia

Foto: Kástenes R Casali

Assessoria de Imprensa Cooperativa Dália Alimentos

Kástenes R. Casali