07/03/2024

Todos contra os decretos do governo estadual

Presidente do Conselho de Administração, Gilberto Antônio Piccinini participou de um encontro na Federasul com representantes de diversos setores e mostraram insatisfação em relação aos cortes de benefícios 

O Presidente do Conselho de Administração, Gilberto Antônio Piccinini, participou de uma reunião extraordinária na sede da Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), em Porto Alegre. O evento ocorreu no dia 7 de fevereiro e reuniu em torno de 15 entidades.

Os representantes presentes debateram sobre os impactos da retirada dos incentivos fiscais de 64 setores da economia gaúcha, que entram em vigor no dia 1ª de abril, conforme decretos-leis de números 57.365, 57.366 e 57.367. A reunião resultou em unanimidade por parte dos representantes, todos contrários aos decretos do governo estadual.

Conforme Piccinini, os representantes mostraram descontentamento e a necessidade de mobilizar o povo gaúcho. “Estamos todos de um mesmo lado. Isso não afeta apenas a Dália ou o setor produtivo, mas abrange toda a população gaúcha, pois aumenta a tributação de itens da cesta básica que não são taxados como: leite, carnes, ovos, verduras, legumes, frutas e pães”, explana Piccinini.

Para o gestor, a ideia é dialogar com o governo e convencê-lo a derrubar os decretos antes de sua entrada em vigor. “Isso representa um retrocesso ao estado do RS. É só olhar para outros estados, como o Paraná (PR) e Santa Catarina (SC). Por exemplo, se estivéssemos no PR, nosso custo de produção teria uma redução em torno de 60 milhões, por conta dos custos logísticos, uma vez que a Dália adquire grãos (matéria prima para produção de proteína animal) do Centro Oeste e depois comercializa os produtos em centros consumidores como São Paulo e Rio de Janeiro, ou seja, são dois momentos em que a cooperativa arca com os fretes rodoviários”, menciona.

Em se tratando do segmento agroindustrial, Piccinini ainda reitera que a produção de proteína animal tem enfrentado por dificuldades. “A crise da proteína animal passa por um longo período e, somado a isso, o aumento de impostos, tanto para quem produz, quanto para o consumidor deixa a situação ainda mais complicada e, futuramente, irreversível. Portanto, é hora de unir as forças produtivas e mostrar para a população que ela vai pagar mais pelos itens básicos”.

Além do presidente do conselho de administração, outros líderes também se manifestaram durante a reunião. “A economia se move por expectativas. A política pela opinião pública. Precisamos mostrar que este aumento não é sobre as empresas, mas sobre a população gaúcha, sobre as famílias”, ressaltou o Presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa.

 

Aumento na arrecadação

Os decretos que retiram incentivos fiscais, como os créditos presumidos, foram apresentados pelo governo como segunda alternativa. Na ocasião, os projetos relacionados ao ajuste da alíquota Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), que aumentava de 17% para 19,5%, não foi aprovado pela Assembleia Legislativa do RS.

 

Legenda: encontro na Federasul mostrou insatisfação de líderes do setor produtivo em relação aos cortes de benefícios

Foto: Divulgação

Assessoria de Imprensa Cooperativa Dália Alimentos

 

 

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