07/12/2022

Cerca de 80 lideranças da Dália se reuniram na Screc

Encontro dos Delegados ocorreu na Sociedade Cultural Recreativa e Esportiva Cosuel (Screc), em Encantado, no dia 17 de novembro

 

No dia 17 de novembro, a Cooperativa Dália Alimentos realizou o Encontro dos Delegados na Sociedade Cultural Recreativa e Esportiva Cosuel (Screc) em Encantado. O evento, que iniciou às 10h, reuniu cerca de 80 lideranças da cooperativa para analisar os resultados que a cooperativa vem obtendo no ano.

 

O Presidente Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, falou sobre os números do balanço da cooperativa e a crise que o setor agroindustrial está enfrentando desde 2020. “Entraremos no terceiro ano de crise, principalmente no setor de produção de proteína animal, que agora se estende em todo o mundo”.

 

Freitas explica que a crise resulta de diversos fatores, como o aumento dos preços dos insumos, a perda do poder de consumo da população, que consequentemente, aumenta a oferta e reduz o preço da carne suína e de frango,  a alta do juro do crédito do sistema financeiro e a guerra no leste europeu, os quais incidem diretamente sobre os preços dos grãos. “Essa é uma das maiores crises do segmento, e diante deste cenário, as empresas não conseguem repassar os preços necessários para garantir rentabilidade e assim como nós, todos operam com prejuízo”.

 

O presidente executivo relata que a Dália participa de um grupo empresarial, de onde obtém-se informações de que há grandes indústrias com prejuízos elevados. “Percebemos algumas empresas do segmento buscando financiamentos juntos aos bancos com valores além do normal, mesmo com juro anual de 25%. Destaco que, há dois anos, o juro era de 6% a.a., mas hoje, chega a 16% ou até 18%, o que inviabiliza os negócios até que o mercado melhore”.

 

Freitas ressalta que as projeções devem seguir assim ou até piorar para o setor no ano que vem. “Mesmo com um cenário negativo, continuamos com a situação sob controle, haja vista que em 2019, quando a Dália teve seu maior lucro, destinamos o valor aos fundos de reserva, pois operávamos com a possibilidade de uma iminente crise”.

 

Grãos

 

O gestor enfatiza que o primeiro fator que desencadeou a crise foi o alto custo dos grãos. “Desde 2021 o mercado internacional, especialmente a China, aumentou o volume de importações de grãos do Brasil, operando em patamares de preços elevados. Além do grão estar mais caro, o óleo diesel subiu e, portanto, o frete pago do Mato Grosso do Sul e Paraná para o nosso estado também está mais caro”.

 

“Essa foi a disparada dos insumos, que totalizam um aumento entre 40% a 60%,  enquanto só foi possível repassar, no máximo 25%, ao preço de venda da carne suína e do frango. Isso inviabiliza qualquer negócio”, reitera.

 

Poder de compra

 

Freitas avalia que outro motivo importante é a redução progressiva do consumo de carne pela população brasileira. “Mês a mês percebemos nos nossos supermercados uma queda geral no consumo de alimentos”.

 

Outra preocupação destacada por ele, é o posicionamento que o futuro governo tem adotado em relação ao orçamento. “Geralmente, quando um novo governo assume ele acaba gastando acima do seu orçamento e neste caso, se fala no dobro da arrecadação”. O gestor enfatiza que para isso, há a iminente possibilidade de aumento dos impostos, além de imprimir mais dinheiro sem lastro na Casa da Moeda e, consequentemente, aumenta a inflação. Contudo, esse possível cenário é incerto e  “precisamos esperar e observar as decisões do futuro governo”.

 

Única saída

 

Ao final de sua explanação, Freitas explica que a única saída é reduzir os principais gargalos que prejudicam a empresa. “Já diminuímos a produção na suinocultura, mas não podemos desanimar, adotamos um regime de sobrevivência e no futuro, encontraremos um mercado favorável, sabendo que algumas empresas e produtores devem parar, porém até lá, os custos dos insumos terão reduzidos”.

 

Reunião com políticos

 

O Presidente do Conselho de Administração, Gilberto Antônio Piccinini, falou sobre a recente reunião com políticos que devem fazer parte da transição de governo estadual e federal. “Estivemos em POA para tratar dessa crise e discutir as estratégias que o governo pode adotar para minimizar as dificuldades no setor do agronegócio. Fomos bem recebidos e eles nos ouviram. Foi um diálogo bem proveitoso”, ressalta.

 

R$ 563 mil em doações

 

Além disso, Piccinini apresentou um panorama de toda agenda do ano e dos números atualizados do quadro social. “Durante o ano, realizamos 22 reuniões, das quais, cerca de 1100 produtores participaram. Ainda assim, é necessário aumentar a adesão, já que a Dália, atualmente, possui 2774 associados e por isso decidimos fazer 26 encontros no próximo ano”.

 

“São de extrema importância, porque são dinâmicos, aproximam e promovem o diálogo”, reitera Piccinini ao falar da importância das reuniões com os associados. O presidente do conselho também abordou as ações do programa Criança Dália, que neste ano, até outubro, promoveu doações de R$ 563 mil em alimentos e materiais para crianças de 0 a 12 anos de idade, em itens relacionados à educação, esporte, recreação, cultura, saúde e meio ambiente. “A cooperativa atua fortemente no aspecto social e institucional, sendo que essas ações fortalecem a marca e valorizam as crianças”.

 

Enfatizou o próximo evento, que é o Encontro de Jovens, que ocorrerá no dia 07/12 e mencionou as programações previstas para 2023, como as Assembleias Geral Ordinária e Extraordinária, a eleição dos delegados, entre outros que a Dália estará divulgando.

 

Legenda: Encontro dos Delegados ocorreu na Screc

 

Foto: Kástenes Casali

 

Assessoria de Imprensa Cooperativa Dália Alimentos

 

Jornalista Kástenes Casali

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