06/10/2022

Dália presente na SIAVS 2022

A cooperativa esteve presente no maior evento de suinocultura e avicultura do país com estande expositor

Considerado o maior evento dos setores produtivos do Brasil, o Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (SIAVS) de 2022, realizado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), ocorreu entre os dias das 9 e 11 de agosto, no Anhembi Parque, em São Paulo (SP). Nesta edição, o evento teve recorde de público, com 21 mil visitantes de 53 países diferentes.

Entre as programações, teve o painel de CEOS, do qual os presidentes Executivo e do Conselho de Administração participaram, foi abordado o assunto Fatores de competitividade da avicultura e suinocultura brasileiras, discutido por executivos de quatro empresas do ramo e mediado pelo Presidente da ABPA Ricardo Santim.

Segundo o Presidente Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, nesse painel, os quatro palestrantes apresentaram seu ponto de vista sobre a manutenção da competitividade das empresas brasileiras nos segmentos avicultura e suinocultura, elencando as principais situações envolvidas. Segundo ele, “até o ano de 2050, as projeções indicam que o planeta terra terá 9,5 bilhões de habitantes, motivo por que será necessário o aumento de 50% da produção total de alimentos mundial. Para a proteína animal, o aumento deverá ser superior, em torno 70%, sem o que o mundo entrará em situação de fome. Contudo, essa produção deverá ocorrer com sustentabilidade, para não ocorrerem problemas ambientais. Assim, as empresas que produzirem com competitividade e sustentabilidade estarão presente no mercado mundial, ávido por comprar alimentos e, principalmente, proteína animal.”

Aumento na escala de produção

Conforme o executivo, ficou claro que os custos de produção se manterão altos, o que demonstra que cada país precisará resolver seu problema de baixos salários, para que a população possa alimentar-se adequadamente.

E continua: “para as empresas se manterem ativas será necessário aumentar a escala de produção, reduzir a ociosidade industrial, para diluição dos custos fixos e compensar a perda de rentabilidade por quilo da produção. Assim crescimento em escala e automação no campo e na indústria será fundamental para o segmento produtivo.”

Sanidade do rebanho

Também deverá ser priorizada a qualidade da gestão e a sanidade dos rebanhos, o que, atualmente, trata-se de um grande diferencial brasileiro, país que tem uma das melhores sanidades do mundo. Concluindo, disse que “o bem-estar animal, a proteção do meio ambiente e a formação de parcerias entre produtor e boas empresas serão fundamentais para a conquista e manutenção do mercado consumidor.  Assim, o produtor que tenciona leiloar sua produção não tem futuro positivo, pois as parcerias e a estabilidade serão condições fundamentais para a produção. Lembrou, o presidente executivo que a conclusão do painel foi de que “é preciso entender que a oscilação da rentabilidade da produção e do mercado continuarão e, por isso, é necessário otimismo e entender que os ciclos, bons ou não, são dotados de início, meio e fim. Porém, caberá às lideranças políticas realizar investimentos em infraestrutura, como ferrovias, rodovias e hidrovias, condições fundamentais para redução do custo logístico das empresas”.

Oportunidades e ameaças

Para o presidente do Conselho de Administração, Gilberto Piccinini, “o SIAVS foi um evento importante, reconhecido pelas autoridades nacionais, considerando a participação do presidente da República, acompanhado de vários ministros, além do vice-presidente. Os temas dos painéis apresentados durante o evento foram significativos, pois permitiu a avaliação de oportunidades e ameaças que encontraremos nos próximos anos.”

Disse, Gilberto, que foi possível concluir que “um grande desafio dos gaúchos é a distância dos centros produtores de grãos, principalmente milho, o que será um fator limitante de viabilidade e crescimento da agroindústria gaúcha, e, se não for encontrada uma solução, como por exemplo, viabilizar o programa de duas safras no RS, a situação tende a agravar-se”.

No evento pós-pandemia, chamou a atenção foi a ampla presença das fábricas de equipamentos destinados à produção de proteínas, tanto de aves quanto de suínos e peixes.

Ainda, de acordo com o presidente do conselho, “a abertura do evento foi de responsabilidade do Ministro do Meio Ambiente, que versou sobre a importância dos cuidados com o meio ambiente, pois o país que não dispensar atenção a esse quesito, não participará do mercado mundial, citando o protocolo que atenta para esse fim e acrescentando que o Brasil é um país que, por questões políticas, está sofrendo denúncias infundadas de que o governo não respeita o meio ambiente. Ao contrário, o Brasil é o país que consegue provar e comprovar as ações que realiza para manutenção do meio ambiente, além de utilizar o menor percentual de seu território com área agrícola.

Novo modelo do SIAVS

Conforme o gerente da Divisão Comercial Carnes e Derivados, Igor Estevan Weingartner, essa foi a primeira vez que o SIAVS ocorreu em um modelo com espaço dedicado à comercialização de proteínas de origem animal, já que as edições anteriores tinham foco na cadeia produtiva. “Os estandes, em sua grande maioria, eram especificamente de equipamentos, genética e fornecedores de insumos para os setores avícola e suinícola. Mas neste ano, a ABPA promoveu a comercialização de produtos da agroindústria, com presença de diversos compradores do exterior”, detalha.

Segundo o gerente, essa feira garantiu mais aproximação com o mercado externo. “Recebemos muitos clientes no estande, com que conversamos, trocamos ofertas e inclusive, fechamos novos negócios, mas o foco principal é a aproximação com o mercado.”

Manter o contato

Para a supervisora de exportação, Silvana Todeschini Gomes, o evento reuniu empresas ligadas à produção e à comercialização de proteínas vindas do mundo inteiro. “A cada edição, a feira se apresenta mais bem estruturada e organizada. Neste ano, foram três dias com uma excelente programação, desde a abertura até a realização de reuniões que oportunizaram um contato direto com vários clientes externos, vindos dos continentes da África, Ásia e Europa”, comenta.

Reitera, a supervisora, que é importante aproveitar a oportunidade para novos contatos. “O SIAVS nos possibilita aproximação com novos clientes, por isso seguimos mantendo esse contato e trabalhando em novas demandas.”

 

Multiproteínas

A programação dos três dias de evento incluiu palestras diversas e debates. Ao todo, 2.300 congressistas e 80 palestrantes participaram dos temas técnicos e conjunturais. Entre os destaques esteve o painel dos CEOS, com líderes de agroindústrias do setor, em debate sobre os rumos da cadeia produtiva. Outros painéis sobre projeções de futuro para a proteína animal, competitividade, gestão de crise, logística, questões técnicas sobre antimicrobianos, salmonelose e outros estiveram na pauta de debates.

Neste ano teve uma área 30% maior, o SIAVS contou com cerca de 200 expositores de equipamentos, insumos biológicos e farmacêuticos, rações e outros fornecedores de diversas áreas da cadeia produtiva que expuseram em mais de 20 mil metros quadrado, suas tecnologias e produtos voltados para a produção de proteína animal.

Com o SIAVS Multiproteínas, mais de 40 agroindústrias produtoras de aves, suínos, bovinos, lácteos, bubalinos e peixes de cultivos realizaram negócios com importadores e representantes do varejo nacional que estiveram presentes.

 

 

Legenda: Supervisor Comercial de São Paulo,
Tiago Kunzler, Presidente Executivo,
Carlos Alberto de Figueiredo Freitas,
supervisora de exportação, Silvana Gomes,
Gerente da Divissão Comercial de
Carnes e Derivados, Igor Weingartner,
Presidente do Conselho de Administração,
Gilberto Antônio Piccinini e
supervisor de vendas Elton Lima

 

Foto: Kástenes Casali

 

Assessoria de Imprensa Cooperativa Dália Alimentos

 

Jornalista Kástenes Casali

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