08/12/2023

Enchente de novembro deixa unidades da Dália sem energia elétrica

Complexos avícola e lácteo ficam com as operações interrompidas pela falta de energia

 

 

A nova catástrofe no Vale do Taquari ocorrida em 18 de novembro impactou a produção da Cooperativa Dália nas unidades localizadas em Arroio do Meio. Devido à falta de energia elétrica, o Complexo Industrial Avícola, que opera durante cinco dias na semana, permaneceu dois dias com as atividades interrompidas, enquanto a lacticínios, que opera sete dias por semana, teve a produção suspensa durante quatro dias.

 

De acordo com o Presidente Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, o Complexo Industrial Lácteo precisou comercializar o leite para outras empresas. “Como a indústria teve a necessidade de vender essa produção de leite nestes dias, os preços do leite pago ao produtor ficaram mais altos do que o obtido na comercialização, fato esse que também ocorreu em setembro, quando o frigorífico de suínos comercializou 33 mil animais para outras empresas, por ter ficado parado durante três semanas”, explica o gestor.

 

Impactos

Contudo, Freitas revela que os impactos foram menos intensos em relação aos registrados no mês de setembro. “Embora a água do rio Taquari tenha chegado em altura muito próxima à anterior, desta vez, a comunicação prévia foi mais eficiente, permitindo que se atuasse preventivamente”, afirma.

Além disso, Carlos Alberto relata que o monitoramento da elevação do rio, desta vez, apontou que a água subiu de forma mais lenta se comparado com o evento climático do mês de setembro. “Percebemos que na catástrofe ocorrida há três meses, a água se apresentou em grande velocidade, como uma avalanche, foi uma inundação atípica e causada pela ocorrência de um ciclone extratropical. Na prática, nesta cheia de novembro, foi de fato uma enchente com características próprias”.

 

Fragilidade do Vale

Ele ainda analisa que outro fato preocupante é a constatação da fragilidade da região do Vale do Taquari. “Sempre via o nosso vale como rico, produtivo, desenvolvido e muito próspero, mas infelizmente, as duas últimas ocorrências climáticas mostraram uma fragilidade preocupante”.

O primeiro fato, de acordo o presidente executivo, é em relação à falta de uma malha rodoviária compatível com o tráfego da região. “Em eventos como esses, o deslocamento se torna muito difícil, pois há trechos da rodovia abaixo do nível do rio e, portanto, invadidos pela água, como por exemplo, a popular ‘curva da rapadura’, trecho entre Encantado e Arroio do Meio”.

Além disso, o gestor ressalta às dificuldades de comunicação telefônica, internet e energia elétrica, fundamentais para os reparos necessários. “Está na hora do vale questionar a concessionária e exigir a reposição preventiva dos postos de madeira deteriorados, que não suportam ventos e excesso de chuvas, tornando os serviços fornecidos de baixa qualidade”.

Por fim, outro ponto a ser trabalhado, segundo Freitas, é a autoestima dos empresários e habitantes do vale, a fim de encontrar maneiras de amenizar as consequências oriundas desses desastres naturais. “Precisamos mitigar os estragos que faz o vale perder seu ritmo de crescimento e desenvolvimento. É necessário pensarmos em programas de prevenção para reduzir os efeitos de inundações e exigir a prestação de serviços adequados, que são fundamentais para a retomada das atividades”, finaliza.

 

Legenda: Frigorífico em Encantado teve parte da indústria invadida pela água na enchente de novembro

Foto: Divulgação

Assessoria de Imprensa Cooperativa Dália Alimentos

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