04/08/2025
Escola do Leite aborda melhoramento genético

Na tarde de 11 de julho, o Setor Gado Leiteiro da Divisão Produção Agropecuária promoveu o quinto módulo da Escola do Leite. O encontro que reuniu associados da Cooperativa Dália Alimentos da região do Alto do Vale do Taquari ocorreu no Condomínio Leiteiro de Nova Bréscia.
Ao todo, são 10 módulos que serão apresentados até o mês de dezembro. Em julho, o módulo envolveu melhoramento genético e foi ministrado pelo Supervisor do Setor Gado Leiteiro, Yago Machado da Rosa. “Este módulo está sendo realizado em três turmas. Durante as aulas, estamos aprofundando o melhoramento genético, que contempla práticas para melhorar o rebanho do ponto de vista genético”, explica Yago.
Nesta perspectiva, o supervisor aponta que é fundamental o uso de ferramentas de avaliação genética, além de uma interpretação coerente dos catálogos de touros. “É importante saber o que se deve avaliar nos rebanhos para conduzir o melhoramento de características de interesse econômico para resultarem em animais mais produtivos, lembrando que as principais características são fixadas ao longo de várias gerações”.
O zootecnista revela que os resultados de um programa de melhoramento genético robusto só se consolidam a médio e longo prazos. “Por isso, reforçamos nas aulas da Escola do Leite a importância de os associados, em parceria com a equipe técnica da Dália Alimentos e as empresas de genética, manterem uma seleção criteriosa e contínua. Essa seleção deve considerar o que há de melhor na genética nacional e internacional. Além disso, orientamos os produtores a desenvolverem senso crítico em relação às ofertas das empresas, especialmente na hora de adquirir sêmen, para que façam escolhas conscientes e alinhadas com os objetivos da propriedade.”
Seleção
No módulo, segundo Yago, também são discutidos os conceitos de seleção e descarte de animais dentro do processo de melhoramento genético. “Quanto maior a intensidade da seleção e do descarte, mais rápido será o avanço genético, pois permanecem apenas os animais que atendem aos objetivos da propriedade. Ao identificar os animais de maior potencial genético, é possível direcionar investimentos em sêmen e genética de qualidade superior. Todo o processo é interligado: desde a escolha consciente do sêmen, o uso de ferramentas de avaliação genética do rebanho, especialmente das fêmeas, até a parceria com empresas confiáveis que ofereçam suporte técnico e auxiliem na seleção de touros adequados.”
A turma de associados participou também de uma dinâmica com algumas vacas, onde foram mostradas as características morfológicas que são avaliadas por entidades oficiais, como as associações de raça. “O objetivo foi avaliar o rebanho na prática, correlacionando características morfológicas com produtividade e longevidade dos animais. A avaliação morfológica tem relação direta com o desempenho produtivo e o tempo de permanência do animal no rebanho. Durante a aula foram destacadas características como conformação de úberes, pernas e pés, angulosidade, profundidade e arqueamento de costelas, fatores que influenciam na produtividade e na saúde dos animais ao longo do tempo.”
Yago reforça que a Escola do Leite tem o objetivo de proporcionar treinamentos contínuos com temas específicos do dia a dia do produtor e da atividade de produção de leite. “A participação nas aulas é de extrema importância, pois representa um momento essencial de troca de experiências”.
Por fim, ele destaca que os encontros são fundamentais, pois permitem, de forma técnica e direcionada, a discussão de práticas aplicadas no campo. “Além disso, são oportunidades para apresentar exemplos práticos e ferramentas tecnológicas disponíveis no mercado, que podem ser incorporadas às propriedades e a cooperativa, por meio do seu departamento técnico, atua como facilitadora desses projetos. Nosso papel é levar ao produtor soluções e estratégias que promovam maior produtividade e melhor desempenho econômico na propriedade” conclui Yago da Rosa.
Legendas: produtores acompanharam na prática a avaliação morfológica de vacas e receberam
orientações sobre genética de qualidade
Foto: Paulo Roman
Assessoria de Imprensa Cooperativa Dália Alimentos
Jornalista Kástenes Roberto Casali