11/11/2022
Presidente Executivo participa de PIC Symposium 2022
A partir do evento, o Presidente Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas aponta conclusões sobre o futuro do consumo de alimentos no mundo
O Presidente Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas participou de um importante Simpósio, oferecido pela Agroceres PIC, empresa parceira, fornecedora de genética suína, que neste ano completou 60 anos de atividades.
O evento, que encontrou um hiato de três anos devido à pandemia, foi realizado nos Estados Unidos da América, em Nashville, no período de 02 a 06 de outubro e tratou sobre diversos assuntos relacionados à suinocultura.
De acordo com o Presidente Executivo, “neste ano, a empresa reuniu os principais clientes das Américas, desde o Canadá até a Argentina, incluindo o Brasil. Na ocasião foram apresentadas e discutidas as novidades que estão surgindo no mundo, para a melhoria da produção de suínos, tanto no aspecto genético, nutricional, sanitário, instalações, manejo, parte econômica da atividade, como também no desenvolvimento de recursos humanos. Foram traçados cenários futuros para a suinocultura, apresentadas ameaças e oportunidades, ou seja, o seminário permitiu um importante aprendizado.”
Nova perspectiva
Freiras reitera que a PIC, tradicionalmente, em seu seminário anual, lança um novo produto na área de genética suína. “Em anos anteriores foram apresentadas projeções acerca do número de leitões/porca/ ano que poderiam atingir e, neste ano foi possível confirmá-las. Também foi anunciado o futuro da seleção genética, com a extinção de fase de testagem dos animais, substituída pelo mapa genético dos embriões. Esse descobrimento científico envolve a avaliação do DNA do embrião, que permite a seleção dos melhores animais, de acordo com as características exigidas, em tempo rápido, sendo possível, também, classificar os animais com maior resistência a determinadas doenças. Para a cadeia produtiva de suínos trata-se de uma nova perspectiva de produção, considerando a melhoria do plantel”, pondera o presidente.
“Foi, realmente, um excelente congresso, que incluiu também discussões relacionadas às questões econômicas e políticas e os reflexos dessa situação para a produção de suínos”, informa o Presidente, o qual apresentou as seguintes conclusões:
– A cadeia produtiva de suínos e aves são de longo prazo, logo, precisa de persistência, pois não é possível iniciá-la ou suspendê-la rapidamente. Por isso, o país precisa de estabilidade política para produção sem alternâncias significativas;
– Os EUA apresenta quebra da safra de grãos, fato negativo para o Brasil, pois significará aumento do preço e, por isso, dificuldades para o sistema produtivo;
– A China também apresenta aumento de preço do milho e do farelo de soja, o que também contribui para um cenário desfavorável à produção de suínos e frangos;
– A transformação de grãos em biocombustível também se situa como concorrência à cadeia de produção de proteína animal;
– Por falta de domínio tecnológico, ainda não se produz bioquerosene, o que deverá ocorrer em futuro, próximo, pois este será o combustível que moverá o sistema de transporte aéreo;
– EUA ainda não exportam farelo de soja, somente grãos, porém, nos próximos anos, essa exportação ocorrerá, o que será positivo para o aumento da oferta e redução dos custos de produção;
– Cientistas americanos divulgaram que o fenômeno La Niña é cíclico, que dura de 20 a 30 anos, (estamos no 4º ano) com pouca chuva no período de primavera e verão, o que dificultará a safra de milho no hemisfério sul;
– Os produtos vegetais que surgiram para substituição de carne não foram bem aceitos, devido ao preço e ainda, seu consumo está em queda;
– A proteína de insetos para substituir a carne que está sendo desenvolvida se trata de uma fonte com alto custo e com muita resistência no consumo humano;
– Alimentação humana terá como foco a saúde e não somente para nutrição;
– As minorias, cada vez mais, terão direitos e serão protegidas por legislação, incluindo os aspectos alimentares;
– Compliance estabeleceu que quanto maior a empresa, maior a necessidade de transparência;
– Importância da qualidade e dos padrões de produção, com as empresas estão constatando que o foco é o processo e o resultado é consequência;
– Há dois grandes desafios: alta de inflação e falta de mão-de-obra; a nova geração não tem desejo de acumular bens, enriquecer ou ocupar cargos de chefia, ao contrário, preza a qualidade de vida e o bem-estar em detrimento ao sucesso e ao dinheiro.
Legenda: Presidente Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas em evento nos EUA
Foto: Divulgação
Assessoria de Imprensa Cooperativa Dália Alimentos
Jornalista Kástenes Casali