08/05/2025

Treinamento de Plano de Contingência envolve equipe técnica e Upls

Suínos | Entre os associados que participaram do evento, os irmãos Daniel e Fernando Lorenzon já avaliam, junto à equipe técnica, as possibilidades de adquirir novas ferramentas voltadas à promoção do bem-estar animal

No dia 23 de abril, a equipe técnica do Setor de Suinocultura, juntamente com os associados produtores de suínos do programa de Unidade Produtora de Leitões (UPLs) da Cooperativa Dália Alimentos, participou de um treinamento sobre insensibilização de animais, com foco no desenvolvimento do plano de contingência do programa de bem-estar animal. O objetivo da capacitação foi instruir a equipe técnica e os associados sobre o uso adequado do equipamento, demonstrando o comprometimento da Cooperativa Dália com o bem-estar dos animais.

Considerando que as ações voltadas ao bem-estar animal nas granjas da cooperativa baseiam-se nos princípios de bom alojamento, boa alimentação visando a promoção da saúde — ou seja, de bem-estar único —, suínos que apresentarem sinais de dor, lesões, feridas, claudicação que impeça o apoio dos quatro membros, ou que forem considerados inaptos para transporte, não devem ser embarcados, seja para o abate, seja para outra granja.

Segundo a Engenheira Ambiental, Andrieta Werner, os técnicos do Grupo Fluxo apresentaram o funcionamento do Insensibilizador de Suínos New EFX Portátil. “A insensibilização e a eutanásia de suínos seguem a legislação nacional e internacional, respeitando os critérios de bem-estar animal e contribuindo para a produção de alimentos éticos”, destacou a engenheira, ressaltando a importância do treinamento.

“Vale destacar que a eutanásia visa proporcionar uma morte rápida e sem dor ao animal, sendo indicada apenas em casos extremos, quando há sofrimento e os danos são irreversíveis. Um exemplo claro é quando ocorre alguma intercorrência com o transportador durante o percurso e torna-se necessário insensibilizar os suínos já carregados, diante da irreversibilidade do quadro clínico”, exemplifica Andrieta.

Nesse sentido, os associados que possuem UPLs já estão familiarizados com o tema e planejam, futuramente, adquirir o equipamento para implantar o procedimento em suas propriedades. Entre eles estão os irmãos Daniel e Fernando Lorenzon, da localidade de Linha Auxiliadora, em Encantado, que destacam a importância da eutanásia como ferramenta para promover o bem-estar animal. “Participei do treinamento e acredito que o desenvolvimento de um plano de contingência é fundamental para o bem-estar animal. Essa é uma tendência mundial e, sem dúvida, será uma exigência à qual todos os suinocultores precisarão se adaptar ao longo do tempo”, comenta Daniel.

Com a propriedade atualmente estruturada, a família Lorenzon está na terceira geração dedicada à suinocultura, mantendo-se na atividade graças à busca constante por inovação e qualificação. “Nossa família iniciou na suinocultura com meu avô, que esteve junto aos sócios fundadores da cooperativa. Depois, meu pai, Avelino Lorenzon (in memoriam), nos transmitiu todo o conhecimento adquirido. Ao longo de mais de sete décadas, sempre buscamos nos atualizar, o que se repete agora com o foco no bem-estar animal”, relata Daniel.

Do Início à Sucessão

Avelino (in memoriam) deixou aos filhos o legado da vocação e dedicação à suinocultura. “Aprendemos tudo com ele e, mesmo antes de partir, no início deste ano, fazia questão de visitar a UPL regularmente”, relembra Fernando.

A sucessão familiar ocorreu em 2018, ano em que foi realizada a última ampliação da propriedade. “Antes da construção da unidade, a família realizava o ciclo completo da produção, mas com o tempo, fomos nos aperfeiçoando e buscando mais qualificação e eficiência produtiva.”

Em 2002, Daniel e Fernando participaram da construção da UPL, que, na época, alojava 88 matrizes. Em 2008, a estrutura foi ampliada para 260 fêmeas e, em 2011, passou a comportar 540 matrizes. “Em 2018, ao decidirmos seguir com a atividade na propriedade, investimos cerca de R$ 2,3 milhões, na construção, melhorias e em placas fotovoltaicas, alcançando a capacidade atual de 1050 matrizes, o que resulta em cerca de 700 leitões por semana”, explica.

Por fim, Fernando recorda que o pai também produzia leite e grãos, além de suínos, para a Dália. “Sempre fomos cooperativistas. Essa é a nossa essência. Já entregamos leite, soja e milho em grão para a cooperativa. Por isso, queremos também nos adaptar junto com a Dália nessa busca pela qualificação no bem-estar animal”, finaliza.

 

Legenda: Daniel e Fernando Lorenzon avaliam possibilidade junto com equipe técnica da Dália a instalar nova ferramenta para promover bem estar-animal

Foto: Kástenes Roberto Casali

Assessoria de Imprensa Cooperativa Dália Alimentos

Jornalista Kástenes Roberto Casali

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