17/03/2023

Filha retorna ao interior

Euzébio e Rudiana migram para ajudar na propriedade

Antes das 6h da manhã a cuia já está na mão e todos estão reunidos na tradicional roda do chimarrão. Assim começa o dia na propriedade da família Wickert e Weber em Linha Sampaio no município de Santa Clara do Sul.

Como a família está em duas atividades – suínos e leite –  ambas associadas à Cooperativa Dália Alimentos, todos os dias, Roni Inácio (68), a esposa Alzira Wickert (62), a filha Rudiana Elisa (46), o genro Euzébio Jacó (46) e o neto Arthur Henrique Weber (11), se reúnem para uma boa conversa familiar e organizar as tarefas. “Cada um tem sua função, exceto Arthur que vai para a escola. Mas entre os demais, uns se responsabilizam pela produção de leite e outros cuidam dos suínos”, expõe Roni.

Do fumo para os suínos  

No entanto, nem sempre foi suíno e leite. “Vivíamos do fumo, uma atividade muito trabalhosa, mas chegou em um momento que, devido a problemas de saúde encontramos outros segmentos”, conta o associado.

A família se associou à Dália no ano de 2007, após a construção de um galpão com a capacidade para alojar 350 suínos no ciclo terminação. “Nesse momento havíamos parado com o fumo em decorrência dos meus problemas de saúde, pois não conseguia mais trabalhar nos fornos de secagem da planta”, recorda.

Na atividade eram apenas Roni e Alzira, pois Euzébio e Rudiana trabalhavam fora. “Estava trabalhando com o que realmente gosto, mas com o tempo, minhas dores nas pernas aumentaram e nós teríamos que parar por causa da minha saúde, por isso pensamos em vender tudo”, relata.

O retorno

Com a notícia de que seus pais iriam parar, Rudiana conversou com Euzébio e decidiram que ele iria ajudar na produção. “Em 2014 saí do meu emprego e passei a me dedicar no nosso negócio. O negócio da família!”, reforça Euzébio.

A rotina dele mudou por completo. Todos os dias eram cerca de 40 quilômetros de ida e volta de sua casa em Boa Esperança no município de Cruzeiro do Sul para a Linha Sampaio. Foi assim até 2016, quando eles migraram para a propriedade em Santa Clara do Sul.

Mesmo morando ali, Rudiana demorou para sair do seu emprego na cidade. “Trabalhei por quase 30 anos no comércio em Lajeado. Decidi ajudar na propriedade em 2020 quando veio a pandemia”, conta.

Segundo galpão

Com toda a família trabalhando na granja, inclusive Arthur, no contraturno da escola, em 2021 investiram R$ 500 mil em uma nova instalação para suínos com capacidade de 600 animais. “Em 2006 quando construímos o primeiro, era tudo diferente, corríamos atrás de documentos e papéis. Já hoje, a maioria dos orçamentos é feito de casa mesmo”, relaciona Rudiana.

“Somos gratos por tudo e pela cooperativa, que nos incentivou a entrar em novas atividades e largar o fumo”, conclui.

Técnico | Eliandro Provensi

O técnico agropecuário, Eliandro Provensi, visita essa propriedade desde que ingressou na cooperativa há seis anos. Para ele, esse é mais um exemplo de uma sucessão familiar bem-sucedida, pois a família busca continuamente por resultados. “Vejo aqui uma boa gestão, com prioridade na produção de suínos e por isso, eles decidiram ampliar a capacidade em 2021”, relata.

Além disso, com Euzébio cuidando da mão de obra junto com os sogros e Rudiana no gerenciamento financeiro, fizeram a família permanecer com o empreendimento, gerado bons resultados.

 

Legenda: Euzébio Jacó (46), esposa Rudiana Elisa (46) e filho Arthur Henrique Weber (11) junto com Alzira (63) e Roni Inácio Wickert (68) que são pais de Rudiana

 

Foto: Kástenes Casali

 

Assessoria de Imprensa Cooperativa Dália Alimentos

 

Jornalista Kástenes Casali

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