16/04/2025
Luto, sucessão e superação motiva jovem a manter a produção

Após perder seu pai aos 18 anos, jovem persiste na suinocultura e dá continuidade ao sonho da família
“O ano de 2015 foi difícil. Perdi meu pai e fiquei sem chão.” Essas são as palavras de Fernanda Verruck (23), da localidade de Arroio Abelha, no município de Sério, ao relembrar o período de luto pelo seu pai, Cesar Mario Verruck.
Apegada ao pai e sendo filha única, Fernanda recorda do sonho dele em construir uma instalação e se associar à Cooperativa Dália Alimentos para alojar os suínos na fase de terminação. “Ele havia construído o galpão e se associado à Dália em 2007. Dois anos depois, ampliamos a instalação. Ele tinha um grande apreço pelos cuidados com os suínos, que eram nossa principal fonte de renda. Quando o perdemos, minha mãe não quis trabalhar na propriedade e eu tive que assumir o manejo do dia a dia”, menciona Fernanda, ressaltando que se associou à cooperativa em 2020.
Entretanto, a tristeza da perda deu lugar ao sorriso, mesmo diante das dificuldades em manter a produção. “Acredito que uma parte de mim se foi com ele. Mas creio que tudo tem um propósito. Apesar das inúmeras adversidades, contei com a ajuda fundamental dos meus avós, vizinhos, meu namorado Vanderson Cimarosti (28) e, principalmente, da assistência técnica oferecida pela Dália. Tenho certeza de que meu pai está orgulhoso, onde quer que esteja”, afirma.
Superação nos Resultados dos Lotes
Fernanda destaca que conheceu seu namorado Vanderson em 2019. Ele trabalha fora da propriedade, mas a ajuda nos finais de semana tem sido essencial. “Atualmente, alojamos 520 animais e não há demanda para duas pessoas fixas. Assim, ele complementa a renda com outra atividade profissional”, explica Fernanda ao enfatizar a importância dele nos últimos anos para sua superação psicoemocional e na busca por bons resultados.
Ela revela ainda que inicialmente almejava trabalhar na contabilidade, ajudando sua madrinha em um escritório na Serra Gaúcha. “Minha ideia inicial era ir trabalhar com minha madrinha no município de Gramado. Após diversas conversas com meu namorado e o técnico agropecuário Gilberto, percebi que tinha uma empresa nas mãos e que a melhoria dos resultados dependia apenas de mim. Nesse momento, também despertou em mim a vocação pela agropecuária. Cheguei até a trabalhar remotamente para o escritório da minha tia, mas ficar na frente do computador me deixou ansiosa. De fato, não é para mim”, ressalta Fernanda ao frisar seu foco em buscar bons resultados na atividade agropecuária.
Além da suinocultura, seu avô Walter Verruck (74) também contribui com algumas atividades na propriedade e é responsável pelo plantio de milho e pastagens numa área de 7,2 hectares de terras da família.
Técnico | Gilberto dos Santos Flores
O técnico agropecuário Gilberto Flores atendeu à propriedade em 2013 e retornou em 2022. “Prestei assistência técnica para o pai da Fernanda e percebi que ela é tão dedicada quanto Cesar (in memoriam) era”, lembra Gilberto.
Quanto às melhorias na propriedade, o técnico observa que alguns manejos estavam desatualizados e foram necessários pequenos ajustes na quantidade de ração oferecida aos suínos. “Durante um breve período, obtivemos resultados abaixo do esperado, mas rapidamente Fernanda e Vanderson conseguiram superar as dificuldades e hoje fazem lotes excelentes. Vejo que eles têm totais condições de ampliar a produção no momento oportuno.”
Outro fator importante foi no uso dos medicamentos; a Divisão Produção Agropecuária (DPA) prontamente forneceu uma tabela com informações sobre cada fármaco, como aplicá-los e suas carências, e, assim, o casal alinhou isso também.
Legenda: Técnico Gilberto dos Santos Flores junto com a jovem associada Fernanda e o seu avó, Cesar Mario Verruck
Foto: Kástenes Casali
Assessoria de Imprensa Cooperativa Dália Alimentos
Jornalista Kástenes Casali